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15 de ago. de 2008

JORNALISTAS NA RUA

Em defesa do diploma, Sindjor “enterra” Gilmar Mendes

O ministro mato-grossense foi o alvo do protesto porque já se posicionou liminarmente, em 17 de novembro de 2006, em favor da cassação da obrigatoriedade do diploma

Fotos: Márcio Trevisan e Fablício Rodrigues




O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor/MT) realizou na manhã de hoje (15) um protesto em defesa da obrigatoriedade do diploma em Jornalismo para o exercício da profissão. O ato público faz parte da semana de lutas proposta pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e foi realizado na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá. O ponto alto da manifestação foi marcado pelo enterro simbólico do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro mato-grossense Gilmar Mendes.

Mendes foi o alvo do protesto porque já se posicionou liminarmente, em 17 de novembro de 2006, em favor da cassação da obrigatoriedade do diploma. O ministro mato-grossense é o relator do processo que questiona a exigência de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. A matéria está pauta do STF para ser julgado no mérito ainda este ano.

Além de jornalistas, participaram do protesto estudantes e professores de jornalismo, militantes de movimentos sociais, sindicalistas, e pessoas solidárias à causa. Durante o ato, os manifestantes usaram nariz de palhaço, fizeram vários apitaços e entoaram as palavras de ordem puxadas pela presidente do Sindjor, jornalista Keka Werneck.

"Enterramos simbolicamente o ministro, para que ele sinta na pele o que estão tentando fazer com a nossa categoria: enterrar", explicou a presidente do Sindjor. “Esperamos que, com esse ato, Mendes reflita e volte atrás, não existe sociedade democrática sem imprensa madura e responsável e livre, porém não desrespeitosa", acrescentou Keka.

Além do enterro simbólico, os jornalistas se manifestaram por meio de faixas, panfletos e discursos sobre a importância da qualificação profissional. Ainda houve coleta de assinaturas para um abaixo-assinado em defesa da obrigatoriedade do diploma. As 286 assinaturas colhidas na manhã de hoje serão juntadas às demais colhidas em Mato Grosso e serão enviadas à Fenaj, que, juntará com as assinaturas de todo o Brasil, e apresentará ao STF como forma de pressão para a que a exigência do diploma seja mantida como condição para o exercício do jornalismo.

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