Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os brasileiros pretos ou pardos são as maiores vítimas de doenças ligadas a condição de vida precária, chamadas também de doenças da pobreza. A informação consta do Relatório Anual das Desigualdades Raciais do Brasil, divulgado há pouco pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base na Pnad 2007 e nas informações mais recentes do Ministério da Saúde.
A pesquisa mostra que os pretos e pardos são a maioria absoluta dos mortos por malária (60,6%), por hanseníase (58,3%), por leishimaniose (58,1%), por esquistossomose (55,5%) e por diarréia (50%).
De acordo com o coordenador do estudo, professor Marcelo Paixão, a incidência dessas doenças na população preta e parda comprova a desigualdade no acesso a serviços básicos. “Significa que vivem em condições, principalmente os locais de moradia mas também os demais padrões, que os levam a um nível de exposição a doenças típicas da falta de saneamento básico e de vacinação, por exemplo. Enfim, daqueles que têm as piores condições econômicas”.
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