*Thaís Raeli
Definitivamente, Carnaval é minha festa preferida. Vai ver que é porque eu nasci num desses dias de folia. Numa terça-feira, do mesmo jeito que vai cair esse ano. Dividida entre trabalho e diversão, nos últimos anos acompanho o Carnaval em Mato Grosso e me vi na contramão do restante do Brasil. Dava um certo desânimo. Em muitas cidades que passei, faltava organização, segurança e até mesmo uma identidade cultural. Era uma mistura de tudo que dava em nada. Um verdadeiro samba do crioulo doido.
Esse ano pude ver que entre todas as cidades tradicionais nessa festa em Mato Grosso, Chapada dos Guimarães mostrou que está no caminho certo para se consolidar como referencia no Estado. O foco foi um ambiente familiar, com oficinas infantis durante o dia e a Banda do Bolinha para os saudosos das marchinhas.
Os veteranos blocos de rua também marcaram presença e contaram com o apoio da prefeitura. Para os jovens, a Praça do Festival teve o som da Bahia a noite e os carros de som tiveram seu espaço reservado. Nem a chuva desanimou e a garotada curtiu a música baiana debaixo de muita água. Tudo com tranqüilidade, sem brigas e sem maiores incidentes. O fluxo na estrada foi intenso, mas sereno.
Lembro-me das conversas que tive com a secretária de Turismo de Chapada, Telma Rezende, e das preocupações de como seria organizar uma festa com o déficit no orçamento já que a nova gestão assumiu em janeiro e o Carnaval veio logo em seguida. Esse primeiro ano já indicou tem muito mais pela frente. A limpeza da cidade também é algo para se elogiar. A sujeita da noite era imediatamente recolhida nos primeiros raios do sol. Ainda percebi que os turistas estão um pouco mais antenados com os cuidados com a natureza.
Num exemplo de organização e participação, os secretários municipais se dividiam em escalas de três para atender o público na prefeitura, o prefeito Daltro também estava por perto nessa interação. Todos pró ativos, mas ainda precisando do apoio da iniciativa privada para um impulso maior nas festas culturais.
Terminada a festa pagã, Chapada segue no seu ritmo místico, no seu clima ameno e com suas belezas naturais. É aquela cidade do interior que nos refugiamos para descansar e ter o contato com o ar puro e a natureza. É onde consigo arejar as idéias e fugir para acreditar nas histórias de discos voadores e energias que pairam na atmosfera. Acho que é porque “existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”.
Na contrapartida, a capital não dá nenhum sinal de que pode se tornar referência para os foliões. Para quem gosta de fugir das festas, Cuiabá, nas devidas proporções, ficou vazia e omissa na maior festa que é a maior do Brasil.
*Thaís Raeli é jornalista em Cuiabá-- Thaís Raeli MussauerJornalistaMsn: thais_rmd@hotmail.comTel.: (65) 8126-0123
Definitivamente, Carnaval é minha festa preferida. Vai ver que é porque eu nasci num desses dias de folia. Numa terça-feira, do mesmo jeito que vai cair esse ano. Dividida entre trabalho e diversão, nos últimos anos acompanho o Carnaval em Mato Grosso e me vi na contramão do restante do Brasil. Dava um certo desânimo. Em muitas cidades que passei, faltava organização, segurança e até mesmo uma identidade cultural. Era uma mistura de tudo que dava em nada. Um verdadeiro samba do crioulo doido.
Esse ano pude ver que entre todas as cidades tradicionais nessa festa em Mato Grosso, Chapada dos Guimarães mostrou que está no caminho certo para se consolidar como referencia no Estado. O foco foi um ambiente familiar, com oficinas infantis durante o dia e a Banda do Bolinha para os saudosos das marchinhas.
Os veteranos blocos de rua também marcaram presença e contaram com o apoio da prefeitura. Para os jovens, a Praça do Festival teve o som da Bahia a noite e os carros de som tiveram seu espaço reservado. Nem a chuva desanimou e a garotada curtiu a música baiana debaixo de muita água. Tudo com tranqüilidade, sem brigas e sem maiores incidentes. O fluxo na estrada foi intenso, mas sereno.
Lembro-me das conversas que tive com a secretária de Turismo de Chapada, Telma Rezende, e das preocupações de como seria organizar uma festa com o déficit no orçamento já que a nova gestão assumiu em janeiro e o Carnaval veio logo em seguida. Esse primeiro ano já indicou tem muito mais pela frente. A limpeza da cidade também é algo para se elogiar. A sujeita da noite era imediatamente recolhida nos primeiros raios do sol. Ainda percebi que os turistas estão um pouco mais antenados com os cuidados com a natureza.
Num exemplo de organização e participação, os secretários municipais se dividiam em escalas de três para atender o público na prefeitura, o prefeito Daltro também estava por perto nessa interação. Todos pró ativos, mas ainda precisando do apoio da iniciativa privada para um impulso maior nas festas culturais.
Terminada a festa pagã, Chapada segue no seu ritmo místico, no seu clima ameno e com suas belezas naturais. É aquela cidade do interior que nos refugiamos para descansar e ter o contato com o ar puro e a natureza. É onde consigo arejar as idéias e fugir para acreditar nas histórias de discos voadores e energias que pairam na atmosfera. Acho que é porque “existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”.
Na contrapartida, a capital não dá nenhum sinal de que pode se tornar referência para os foliões. Para quem gosta de fugir das festas, Cuiabá, nas devidas proporções, ficou vazia e omissa na maior festa que é a maior do Brasil.
*Thaís Raeli é jornalista em Cuiabá-- Thaís Raeli MussauerJornalistaMsn: thais_rmd@hotmail.comTel.: (65) 8126-0123
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