São tempos difíceis, mas vamos lá.
No dia 7 de abril comemora-se o dia do jornalista. Sim, é hoje o nosso dia. Mas para que serve uma data como esta, se são tantos os problemas que cercam qualquer jornalista comum?
- Salários baixos e aqui em Mato Grosso o patronato trabalha sempre para dificultar que os jornalistas tenham ao menos um piso, quanto mais um piso digno.
- Atrasos salariais. Algumas empresas não pagam ao final de um mês trabalhado, dois meses, três e até mais que isso. É possível?
- Censura e auto-censura. São tantas as pautas direcionadas.
- Mercado limitado (são poucos os meios de comunicação, que estão concentrados nas mãos de alguns empresários, quase nunca jornalistas)
- Jornadas excessivas. Quem cumpre as 5 horas previstas em lei?
- Assédio moral, risco de ter uma LER de tanto digitar, problemas decorrentes da pressão psicológica rotineira, dead line, poucos repórteres para muitos acontecimentos, etc, etc, etc.
- E, para completar, há o risco próximo de não mais ser necessário ter diploma para o exercício do jornalismo, ou seja, sob o comando do ministro, Gilmar Mendes, presidente do STF, é possível assistirmos a desregulamentação da profissão, nos próximos dias, quem sabe no próximo mês. Talvez pensem que qualquer um pode ser jornalista. Não pode.
Hoje é o dia daqueles que se desdobram, mediante a avalanche conjuntural citada acima, para ser a voz do povo brasileiro, ainda que todos os dias seja obrigado a “matar um leão”.
Esta nota vai, em especial, para os jornalistas que fazem a diferença, que conhecem o que é notícia, que jogam coração em tudo que fazem, só dormem com a consciência limpa, que forçam a barra diariamente no embate nas redações e outros espaços de trabalho em nome do bom jornalismo. Para aqueles que honram a profissão. Para os que ainda choram após cobrir uma pauta pesada. Para aqueles que perguntam com firmeza quando o momento é de questionar. Para os que são espertos e sabem ler nas entrelinhas dos fatos. Para os que nos brindam com brilhantes textos.
Parabéns, jornalista! Ouse acreditar que tudo é mutável e vem para as lutas que são nossas!
A DIRETORIA
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