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27 de ago. de 2009

Segunda entrevista da série - JORNALISTAS DE MATO GROSSO


'Minha melhor reportagem ainda vou fazer', diz Denise


Denise Niederauer da Silveira é talvez a figura mais conhecida do meio
jornalístico. Todo mundo, ou quase todo mundo, sabe quem ela é. Será?



Idade: 44 anos em 23 de setembro.

Local de nascimento: Porto Alegre (RS).

Há quanto tempo vive em Cuiabá: Veio para cá por que?

Meu pai é militar e foi transferido de Brasília para Cuiabá em 1979.

Formação acadêmica: Economia na UFMT e Jornalismo no IVE.

Há quanto tempo é jornalista e como buscou essa profissão?
Desde 1981, como repórter da TVCA - Televisão Centro América - Afiliada da Rede Globo.
Estado civil: Divorciada.

Filhos: Uma filha, Fernanda, e Eduardo, Camila, Chandra e Sarah, sobrinhos que amo enlouquecidamente.

Sua fama é incrível, todo mundo te conhece e você está por toda parte. Qual é o segredo?
Pois é... A profissão é assim estamos onde tem notícias, circulo muito e estou há 27 anos trabalhando, então fica bem fácil ser conhecida e também reconhecida. Muito trabalho no Estado e matérias nacionais e internacionais. Ah!Tratar as pessoas da mesma forma que gostaria de ser tratada. Adoro conhecer as pessoas, e com os amigos sou generosa, cuido, fico atenta. Ser humano, ser ético em todos os momentos. Sei que muitos ignoram todas essas máximas, mas, para esses, a fama se torna efêmera, sem dúvida. Em 12 de setembro de 2006 recebi o Título de Cidadã Mato-grossense, homenagem linda que muito me emociona.

De que forma você se informa? Lê o quê? Quais livros, sites, jornais, revistas?
Leio tudo e no máximo de tempo possível. Compulsiva. E meus amigos me atualizam também.

Você é a favor da fofoca? Esse é um meio jornalístico eficiente ou é um câncer?
Não. Fofocas estimulam boatos. Adoro Fatos. E já fui alvo de algumas fofocas, mas tudo bem. Jornalismo não ganha o respeito com boatos, mas sim com informações concretas e verdadeiras.

Na década de 70, teve algum envolvimento com política? Ou Deus me livre de política?
Não, era muito menina. Mas hoje, sim. Afinal, a política faz parte da vida de um jornalista bem informado. Posso parecer ser da era do gelo (risos), mas nessa época ainda era mesmo estudante sem participação política, só jogava vôlei pela escola. E claro, viajava muito, coisa que amo fazer.

Jornalista tem que ter ideologia ou vale mais a escola da imparcialidade?
Vamos por partes. Denise é um ser privado. A jornalista Denise é um ser público. Como qualquer ser humano, tenho ideologias. Mas a Denise jornalista deve optar pela imparcialidade. Temos de saber separar as duas coisas.

A nova geração de jornalistas dará conta do recado ou você é da linha que critica a juventude que está chegando pelo esvaziamento cultural?
Acredito que muitos jovens jornalistas dão conta do recado. Tudo depende de uma série de fatores como caráter e formação cultural. Jovens com ou sem potencial para o jornalismo ou qualquer outra profissão sempre existiram. Acho que a discussão sobre o esvaziamento cultural está mais em voga porque os problemas estão mais aparentes e transparentes que antes.

Qual o papel do jornalista de modo geral? E da imprensa?
O papel do jornalista é trabalhar a ética aliada à técnica. Ter compromisso com o bem e a verdade, usando com responsabilidade todas as técnicas disponíveis. Nessa carona, vai o papel da imprensa. A imprensa é formada pelos profissionais.

Você defende o diploma para o exercício do jornalismo?
Sim, lógico. Ser jornalista vai muito além de escrever e saber muito sobre algum assunto. Envolve técnicas e teorias específicas para nossa função.

A imprensa de Mato Grosso comete quais ‘crimes’ dos mais graves?
A parcialidade, a futilidade e a politicagem.

Você citaria alguns jornalistas que fazem a diferença na sua opinião?
Ah!sim, Paulo José Cunha, Fausto Macedo, Paula Martins Miranda, Alana Casanova, Romilson Dourado, Marcus Cotinho, Auro Ida, Marcos Lemos e Márcia Andreola.

Jornalista mulher faz diferente?
Sim. Somos mais perspicazes, sensíveis, organizadas. Conseguimos enxergar os fatos de várias formas. Ou seja, nossa visão periférica do fato é muito maior. Nosso poder de observação é incrível! Mas adoro ler o que os homens escrevem.

Vida de casada ou vida de solteira?
Vida de solteira, mas tenho meus amores.

A Lei Maria da Penha resolve alguma coisa na luta contra a violência doméstica?
Ajuda a minimizar o problema. Agora, alguns homens pensam mais um pouco antes de fazer qualquer coisa. Mas a violência continua...

Qual a matéria inesquecível que você fez e gostaria que todos lessem?
Putz!Depois de tanto tempo no jornalismo fica difícil, mas posso dizer que acompanho minhas matérias no site da Secom-MT. Ter trabalhado na Assessoria de Imprensa da Sejusp-MT, me deu destaque no jornalismo, pois muitas coisas aconteceram como o acidente do avião da Gol com o Legacy, queda do helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso, máfia das ambulâncias, rebeliões nos presídios entre outros. Posso destacar algumas coberturas nacionais e internacionais como a vinda do Papa João Paulo II ao Brasil e a Mato Grosso em 1991. Ter sido a primeira jornalista a entrevistar a Thereza Collor quando ficou viúva e essa ter sido Capa da “Revista Caras”, (número 85/junho/1995), oito páginas e 14 fotos publicadas do fotógrafo Lenine Martins e minhas também, foi uma ótima experiência. Tenho também matérias com fotos, publicadas na Revista Boa Forma de setembro de 2001 e 2002, - As Melhores Academias do Brasil. Mas diariamente, como repórter, sei que ainda vou fazer a minha melhor reportagem.

Um comentário:

burity disse...

Como profissional da noticia vc é o maximo.Sempre bem informada. com fontes da maior credibilidade.Possue uma postura etica como poucos.È preciso dizer mais alguma coisa? a sua entrevista tá otima. Como amiga tem um coração enorme ta sempre preocupada e sempre com uma palavra de animo para aqueles que são seus amigos.è isso ai vá em frente : Ti gosto muito!