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2 de jul. de 2010

Estudantes de Comunicação falam sobre agressão a jornalista

Acadêmicos do terceiro semestre da Faculdade Cenecista de Rondonópolis (FACER), curso de Comunicação Social - habilitação Jornalismo - comentam a agressão do vereador Lourival Rodrigues de Moraes (DEM\Pontes e Lacerda) contra a jornalista Márcia Pache (da TV Centro Oestem, afiliada do SBT).

As opiniões foram estimuladas em sala durante aula de Redação Jornalística II referente ao Jornalismo Sindical. A turma viu o vídeo postado na internet sobre o caso e a partir das imagens emitiu posicionamento.

O objetivo da atividade acadêmica foi trabalhar, na prática, a "solidariedade de classe", sentimento marcante nas lutas sindicais e sociais de um modo geral. Também se incentivou o alargamento desta solidariedade para outras esferas, como a de gênero, a de condição humana... Abaixo, portanto, os comentários.

Gibran Lachowski, jornalista, professor e coordenador do curso de Comunicação da FACER

Indignação é pouco!
Jeanine Carolina, 23 anos, moradora de Rondonópolis

Seria hipocrisia dizer que não fiquei perplexa com a agressão do vereador Lourivaldo Rodrigues de Moraes, conhecido como “Kirrarinha”, contra a repórter Márcia Pache.

Coloquei-me no lugar dela e confesso que não conseguiria agir da mesma forma. Pelo contrário, creio que teria revidado o tapa, principalmente por ser mulher e ter como testemunhas as pessoas que deveriam me proteger, no caso, da polícia, que nada fizeram.

Quanto a Márcia, me solidarizo com ela na atitude e escolha da profissão, pois acredito que estamos aqui para mostrar ao povo as verdades encobertas na sociedade, apesar das ofensas, injustiças e humilhações a que somos vítimas diariamente.

“Me atingiu também”
Ádila Santos, moradora de Rondonópolis

Em minha opinião, a atitude do vereador é desumana. A jornalista estava cumprindo apenas com seu trabalho, como todos nós.Não tem condições... nem sei o que explicar.
Eu fiquei possessa da vida ao ver a matéria, me atingiu também, pois daqui a alguns anos estarei exercendo a mesma profissão e, com certeza, jamais vou querer passar por essa situação.
A jornalista foi bem paciente. No meu caso, acho que perderia a cabeça e partiria para cima do vereador.
Entendo que o judiciário deveria punir o vereador de qualquer maneira, afastando-o do seu cargo ou até mesmo prendendo-o por ter agredido a jornalista, visto que, como consta na lei, quem bate em mulher vai para a prisão.

O Brasil parou ao ver essa cena de injustiça.

"Agressão Covarde"
Carlos João da Costa, morador de São José do Povo

A agressão gratuita contra a jornalista Márcia Pache, em Pontes e Larcerda, pelo vereador Kirrarinhana semana passada, foi de uma covardia sem precedente, pois a repórter estava no exercício de sua profissão. É inadmissível que em pleno século 21 aconteça isto no Brasil. Até aonde vai tamanha estupidez, principalmente se tratando de um homem público.
A jornalista só queria fazer seu trabalho e passar com dignidade as informações para a comunidade. É preciso que a legislação brasileira mude e que casos como esse jamais voltem a ocorre em um país democrático como o nosso.
Como estudante de Jornalismo me preocupa bastante, pois não vejo nenhuma providência ser tomada para punir o agressor, e tudo acaba na impunidade.
A minha indignação é por que um ser humano foi agredido simplesmente por buscar a verdade. Se não tinha nada a dizer, era só o vereador ficar calado ou divulgar uma nota através de seu assessor que tudo estaria resolvido. Era o mínimo que os seus eleitores esperavam.

Nada de conformidade
Giselle Saldanha, 19 anos, moradora de Rondonópolis

Lorisvaldo Rodrigues, um sujo. Isso e mais nada. Não se tem muito a dizer, as imagens já mostram a tamanha covardia. Infelizmente é esse tipo de gente que temos para representar o cidadão. “Ótimo exemplo”.

Mas dessa vez não podemos acompanhar o desenrolar desse acontecimento de forma passiva. Nada de conformidade. Já vemos os manifestos da nossa classe e a revolta das pessoas. Basta digitar o nome do “safado” no google e tá lá a notícia publicada no Brasil inteiro.

Todo mundo viu, todo mundo sabe e algo deve ser feito. E é bom que o vereador perceba que isso só alavancou a vontade de nós, jornalistas, fazermos cada vez um trabalho melhor. Desconfiando, fiscalizando e denunciando as atividades ilegais desses que não merecem estar onde estão. E parabéns, Márcia Pache, pela postura e profissionalismo!

Contra os preconceitos
Lorena Freitas, moradora de Rondonópolis

Nada justifica a violência. Por mais que estejamos passando por momentos difíceis, temos que controlar nossa raiva para poder conviver de uma maneira passiva com a sociedade. Qualquer pessoa conhece seus limites e sabe que não pode sair batendo em todo mundo.

Agora, uma pessoa pública agredir um repórter, ainda por cima uma mulher, e na frente de todo mundo, é sinal de que ele não tem o mínimo respeito por nada e é plenamente incapaz de exercer suas funções na Câmara de Vereadores na representação da sociedade.
Esse caso de agressão contra a repórter mostra dois tipos de preconceitos que estão completamente explícitos. O primeiro é em relação ao jornalista, que por ser uma classe que defende a sociedade e mostra a verdade, torna-se mal quista pelas pessoas de má índole.

Outro preconceito é por ela ser mulher. O parlamentar se aproveitou pelo fato de ela ser mais frágil e abusou da força física. A meu ver, esse cidadão intitulado como vereador deveria perder seu cargo e ir para cadeia. Porque lugar de bandido é só lá!

Um senhor sem educação
Maycon Costa Araújo, 25 anos, morador de Rondonópolis

Fiquei bastante chateado, porém não surpreso com o ocorrido nos últimos dias, quando o vereador Lourivaldo Rodrigues de Moraes, mais conhecido como Kirrarinha, agrediu a jornalista Márcia Pache.

O que mais me chateia é saber que esse senhor ainda tem grandes chances de se eleger, pois boa parcela do povo tem pouca instrução – fruto também dá péssima educação fornecida pelo governo brasileiro –, memória curta, cultura de já se acostumar com os políticos fazerem tantas coisas erradas. Coisas que em qualquer outra profissão não seriam aceitas, mas, sim, e repreendidas.

Este senhor também sofre deste mal: da falta de educação. Parece não saber qual a importância do cargo que exerce, do povo que representa. Não sabe viver e conviver com o próximo. É oportuno, além de repreendermos tal ato, refletirmos que falta de educação se cura com melhoria na educação.

É impossível imaginar que...
Deivid Maikol, 19 anos, morador de Rondonópolis


Em minha opinião, a atitude do vereador não foi legal. Além de agredir uma mulher, o que é contra lei e pode gerar denúncia por meio da “Maria da Penha”, esse político queimou a sua imagem perante os eleitores de Pontes e Lacerda (MT).

E mais uma coisa: agrediu uma jornalista, justamente quem é profissional responsável por passar as informações para a sociedade. Um profissional de suma importância à população.

Gostei da posição do Sindjor-MT em oferecer ajuda para a Márcia e acho que o parlamentar deve ser processado e responder pelo ato.

É impossível imaginar que em pleno século XXI agressão a jornalistas ainda esteja ocorrendo, situação que já não deveria existir.

Atitude reprovável
Luciene Afonso, 29 anos, moradora de Poxoréu

Absurdos como este que aconteceu com a jornalista Márcia Pache, que levou um tapa na cara do vereador Lourival Rodrigues de Moraes (o “Kirrarinha”) enquanto realizava uma reportagem me trazem algumas reflexões. Sobre o mau comportamento de um representante do povo, a violência de um homem contra uma mulher, o desrespeito com a profissional que estava apenas realizando o seu trabalho.

Independentemente do contexto dos acontecimentos é, da minha parte, totalmente reprovável a atitude deste vereador. Espero que a sua imagem fique bem clara na mente de cada morador de Pontes e Lacerda e que ele não seja mais eleito.

Nós, jornalistas, infelizmente estamos sujeitos a esse tipo de violência por parte de pessoas arrogantes e sem escrúpulos. Espero também que ele seja punido de alguma forma pelo que fez, para que sirva de exemplo. Um exemplo que não deve ser seguido por ninguém.

Solidariedade de classe
Marcia Aparecida, moradora de Rondonópolis

Foi uma covardia! Não pelo fato de se tratar de uma mulher, mas, sim por se referir a uma profissional que estava no local apenas para ter esclarecimentos. Ela buscava a versão do vereador sobre algumas acusações.

Naquele momento, ela daria uma chance a ele para se explicar diante da sociedade. Mas ele simplesmente pôs tudo a perder. Fiquei indignada!!!

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