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13 de jul. de 2010

A função dos movimentos sociais no processo eleitoral


* Por Marcela Brito (Estudante de Jornalismo da UFMT)

O processo eleitoral deste ano já começou e os personagens das eleições se apresentam com propostas e sorrisos no rosto. Mas é importante frisar que os políticos não são as únicas peças deste jogo da democracia. Os eleitores têm seu papel de atuação neste cenário democrático, onde promessas de campanha são analisadas, posturas éticas são observadas e a caminhada de cada candidato é revista. Neste contexto, os movimentos sociais exercem uma função essencial no processo eletivo para Presidente da República, Senador e Deputados Estadual e Federal.

A organização dos movimentos sociais nas eleições é uma via de mão dupla. À medida que conscientizam os demais a analisar os candidatos e votar conscientemente, a influência nos eleitores é considerada positiva. No entanto, se o discurso apresentado pela entidade é usado para favorecer um candidato ou um partido político, o movimento social exerce a função de cabo eleitoral, cujo único objetivo é manipular os eleitores a votar em determinado político.

O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Genadir Vieira dos Santos, afirma que a principal função do MST nas eleições é fomentar o debate para além das propostas expostas nos programas de governo. “Nossa tarefa é organizar o povo num processo de formação, para que o mesmo tenha a percepção do que está por trás das cortinas das promessas de campanha política. Sendo que não é nossa função fazer campanha, e sim trabalhar a base para que o voto seja com consciência”, pontua.

Compra de votos
Uma característica do movimento social é reunir pessoas pela mesma causa e, em época de eleição, o que não falta são oportunistas que oferecem dinheiro e favores políticos para que os líderes de movimentos sociais manipulem o grupo a votar em determinado candidato.

“Somos assediados por certos políticos que nos oferecem dinheiro para vestirmos a camisa do candidato e fazermos com que os demais jovens apóiem também. Nós lutamos contra este tipo de assédio, conscientizamos os jovens a não vender seu voto e a denunciar os políticos que compram voto”, afirma o coordenador paroquial da Pastoral da Juventude, Hugo da Silva. O eleitor é o personagem principal nas eleições, protagonizando ações que combatem a corrupção no meio político. O ato de analisar as propostas e verificar o histórico de cada candidato são algumas das ações que um eleitor consciente faz. Outra ação cuja importância muda os rumos das eleições é a denúncia de políticos que compram votos e prometem benefícios. Enfim, políticos que dão preço à democracia.

Uma das ferramentas para a manutenção da licitude nas eleições é o site do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), no qual o cidadão pode denunciar políticos que praticam o crime eleitoral da garantia de votos através da compra.

Prática cidadã
Além de analisar as propostas e a história do candidato a ser representante do povo, o eleitor tem o papel de cobrar ações e planos eleitorais que beneficiem o bem comum.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT), Keka Werneck, os movimentos sociais exercem a função de cobrar projetos de transformação que indiquem sempre para os direitos humanos e para os direitos dos trabalhadores que, de fato, são os que movem a sociedade. “Exigimos que os partidos sejam coerentes com suas propostas e não tenham apenas um nome, uma sigla. Devemos cobrar lisura dos candidatos, para que se candidatem sempre pessoas corretas e não a escória interesseira de políticos”, ressalta.

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