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NOVO PISO: Jornalistas e patrões firmam acordo coletivo de 2017

Da assessoria Após seis rodadas de negociação, mediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso, o Sindic...

13 de set. de 2010

Caras diretoras do Sindjor-MT

Caras diretoras do Sindjor-MT

Em primeiro lugar parabenizo a iniciativa dessa diretoria em debater junto à categoria as preocupações do atual modelo de comunicação social existente no país, e mais ainda, em buscar as propostas dos candidatos nesse pleito sobre a área. Em resposta a nota pública emitida pelo Sindicato, informo que compartilho com a categoria as preocupações apontadas no documento.

Como a diretoria bem sabe, acompanhei e incentivei a participação dos militantes do meu partido, uma vez que estou na presidência do Diretório Regional do PT-MT, na formulação e realização da I Conferência Estadual de Comunicação (CONECOM), seguida pela Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), que foi convocada pelo presidente Lula, atendendo ao clamor da sociedade civil.

No movimento sindical já lutava pela democratização dos meios de comunicação e defendia uma comunicação popular e comunitária. Herança que me acompanha até hoje. Nesses quase oito anos de mandato parlamentar, tenho defendido a radiodifusão comunitária, são inúmeras as associações comunitárias que contaram com a colaboração do meu mandato para conseguirem a autorização de funcionamento do Ministério das Comunicações. O meu mandato atuou também no sentido de garantir que as Assinaturas de Habilitação contemplassem municípios de Mato Grosso, para que radiocomunicadores comunitários pudessem assim pleitear a execução do serviço.

Reafirmo, como candidato ao Senado, meu compromisso já assumido como deputado federal, de atuar a favor da recolocação da obrigatoriedade do diploma especifico em Jornalismo para o exercício da profissão. Sou o único parlamentar de Mato Grosso que compõe a Comissão Especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (386/09), de autoria do meu colega de partido, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e que prevê a retomada da obrigatoriedade.

A formulação de um novo marco regulatório para o setor é uma bandeira do PT e encontra ressonância nos pleitos apresentados pela nota pública. Assim como a redistribuição de verbas públicas, contemplando todas as regiões do país, já realizada pelo Governo Lula. Sou defensor do constante debate entre sociedade e poder público sobre os diversos temas que interferem na vida das pessoas, imprescindível esse debate sobre os rumos de uma comunicação social plural, só assim alcançaremos a democracia plena.

Carlos Abicalil (PT)

5 comentários:

Anônimo disse...

Abicalil, você diz como atuou de alguma forma, queremos saber também sobre como dará continuidade em sua atuação, queremos saber exemplos práticos! Cite como atuará para conseguir que o diploma volte a ser exigido; que tipo de ações fará para ampliar o debate e o controle de gastos da verba pública com comunicação; de que forma prática, pode ajudar as coisas mudarem???

Anônimo disse...

Anônimo, o Abicalil está na Comissão Especial que analisa a PEC para a recolocação do diploma de jornalismo, ele é favoravel ao retorno da obrigatoriedade, só por meio da legislação e por gestões um parlamentar pode contribuir com a causa. e esse apoio esta sendo hipotecado aqui

Anônimo disse...

Anônimo 2, obrigada por responder pelo Abicalil. O que quero é saber como ele dará continuidade ao trabalho que já diz ter começado. Quero que ele descreva mesmo, se possível. Porque dai, vou poder cobrar depois. E quero saber também, sobre as outras ponderações da Nota. Quero saber o que ele pensa sobre a solicitação de concursos públicos para a nossa área. Se ele for para o senado, vai poder pleitear isso? De que forma fará? Afinal, as UFMT não tem oferta de mestrado na nossa área hoje. Quero saber se o Abicalil pode nos ajudar a trazer mestrado específico em nossa área. A argumentação da UFMT é que não temos doutores para dar aula no mestrado. Abicalil poderá ajudar a trazer doutores para a UFMT??? Se não for pedir muito, gostaria de saber o que o candidato Abicalil pode fazer para melhorar a qualificação do mercado, as condições de qualidade de vida dos profissionais, quero saber se ele pode, de alguma forma, como senador ajudar a coibir assédio moral nas empresas de comunicação. Se pode, como pensa em fazer isto.
Então Anônimo 2, cutuca ai o seu candidato e pede para ele ser menos teórico. Dar exemplos práticos, porque, se ele ganhar, eu vou cobrar.
PS: desculpa por não ter assinado antes, escrevi tão rápido que não me atentei com isso.

Márcia Oliveira.

Rose Domingues disse...

Eu endosso o que a Márcia falou. Nós queremos exemplos práticos de como o senhor poderia trabalhar em favor da categoria, que é uma categoria muito importante para a construção do processo de democracia do país. Lembre-se que a maioria dos veículos de comunicação são de políticos ou são financiados por eles. Não há imprensa livre. O que pode existir é uma categoria de jornalistas forte, valorizada e com profissionais críticos, isso sim pode ajudar no processo de desenvolvimento do país. Ter um diploma, cursos pós-graduação e outros de aperfeiçoamento (q não existem em MT!) são importantíssimos para isso. O que o senhor pode fazer de fato para nos ajudar a sair dessa situação crítica a qual nos encontramos? Sem diploma, desvalorizados, desmotivados, afundados em um Estado sem cursos ou opções culturais ou de aperfeiçoamento profissional, sem concurso público para nossa área...

Rose Domingues disse...

Eu acho que se existe um fundo do poço, a categoria está nele. Talvez exista alguma luz por aí. Eu só vivo para o hoje, mato um leão por dia no trabalho e em casa, pagando as contas. Já pensei em mudar de profissão. Penso nisso quase todo santo dia. Embora uma alegria besta me invada após a realização dos meus trabalhos diários na redação, aquela alegria de quem faz o que gosta, eu sempre penso que poderia estar sendo melhor aproveitada. Passei 7 anos em um veículo de comunicação sendo burro de carga. Cresci. A gente sempre cresce na vida. Mas nunca fiz um curso, não tinha tempo para nada! Não tinha dinheiro para nada! É absurdo. Os patrões da área de comunicação nos deixam estacionados, jogam nosso potencial no lixo. Eu quero mais para mim. Não acho que os problemas da área de jornalismo sejam exclusivos da área. Há uma desvalorização generalizada do ser humano e do trabalhador. Há uma divisão absurda das riquezas do país. O que justifica um juiz - mtos safados - ganhando 40 mil reais enquanto um veículo de comunicação quer pagar 1 mil reais para um jornalista? Ou a prefeitura de cuiabá querer pagar 2 mil reais para um médico? 700 reais para um arquiteto? Eu acho que está valendo a pena ser faxineira. Pelo menos o salário delas aumenta todo ano. O que está acontecendo com o país? Se isso é desenvolvimento, por favor, eu gostaria de participar dele (rs). Eu gostaria de enxergar um futuro melhor não só para mim, mas para os demais colegas. A área de jornalismo é incrível. É possível fazer coisas muito boas e ajudar muita gente.