Ele solicitou a não divulgação da sua imagem nas audiências públicas dos processos em que responde por atos de corrupção derivados da Operação Sodoma. Marcel e outros da cúpula do governo de Mato Grosso até 2014 estão sendo julgados acusados de formar quadrilha que cobrava propina de empresários vinculados aos programas de incentivos fiscais.
A diretoria do Sindjor/MT invoca o direito de informação de pessoas públicas, constantes na nossa Constituição. Portanto, não só à justiça que senhor Marcel deve explicações, mas à toda sociedade que recolhe impostos e lhe confiou junto com outros secretários do governo passado o status de guardião do dinheiro público, e não sua manipulação para interesses de notório enriquecimento particular ou de grupos, como consta na denúncia inicial da Operação Sodoma.
A Diretoria do Sindjor/MT manifesta ainda sua preocupação em processos judiciais de altas autoridades do Estado em que, com o argumento do direito da personalidade e proteção da intimidade e de pessoas, coloquem, na realidade, uma mordaça na imprensa e negando informação à sociedade que paga a conta de mulheres e homens públicos.
Por fim, a Diretoria do Sindjor/MT entende que segredo de justiça de pessoas públicas não combina com democracia e nem com a sociedade da informação na qual vivemos.
Diretores do Sindicato confiam na Justiça, mas longe de intimidações e pressões como as tentaram dar cabo no presente processo. Pessoas públicas têm todo o direito à ampla defesa, à presunção da inocência, ao princípio do contraditório, mas não à impunidade e tentativa de esconder da opinião pública e da Imprensa julgamentos públicos e que têm que ter publicidade, por princípio legal e social do direito de informação.
Democracia não combina com censura.
Cuiabá, 20 de janeiro de 2016
Diretoria do Sindjor/MT
Um comentário:
Jornalistas, não vamos nos curvar a interesses particulares contra o interesse público
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