
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) reuniu-se na tarde desta segunda-feira (21) com o corregedor geral de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri e com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa.
A audiência foi requerida pelo Sindjor-MT para tratar das três prisões, ocorridas na sexta-feira (11), dentro do Fórum Criminal de Cuiabá, por ordem do juiz Rondon Bassil. Foram presos dois repórteres cinematográficos, da TV Centro América (Marcos Alves) e da TV Gazeta (Belmiro Dias), e um fotógrafo do jornal A Gazeta (Otmar de Oliveira). Os três tentavam fazer imagens de uma audiência, na qual estava prestando depoimento a ex-escrivã Beatriz Árias, condenada pela morte do juiz Leopoldino do Amaral, em 1999.
A diretoria do Sindjor solicitou ao corregedor geral, por meio de um ofício, a apuração dos fatos e ressaltou que o entendimento do sindicato é que houve um excesso por parte do magistrado que decretou a prisão dos jornalistas.
Diante do posicionamento do Sindjor, o corregedor geral Orlando Perri assegurou que irá instaurar um procedimento administrativo para apurar os fatos e que o resultado será levado ao órgãos especial, a quem cabe julgar se houve abuso ou não. O sindicato também informou que vai levar o fato ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça e à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Por fim, o Sindjor sugeriu a construção de um evento em parceria entre Sindjor-MT e o TJ-MT, em que advogados e jornalistas discutam o questionável sigilo no judiciário. A proposta foi bem recebida pelo corregedor e também pelo presidente do TJ, desembargador Paulo Lessa, que acenou positivamente à proposta.
Um comentário:
Passou da hora de haver respeito mútuo e maior por parte das autoridades do Judiciário e profissionais da Imprensa.
Jonas da Silva
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