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10 de mar. de 2009

Sobre críticas construtivas e destrutivas

No final de 2008, a Diretoria Executiva do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) foi surpreendida por uma crítica da economista Adriana Vandoni, articulista e blogueira em Cuiabá. Ela solicitou à entidade um posicionamento imediato sobre a pressão jurídica que vem sofrendo de Luiz Antônio Pagot, citado em artigo assinado por ela. O Sindjor deu abertura para que a economista levasse a causa à reunião ordinária do dia 12 de janeiro, já que no dia em que ela fez a solicitação a entidade estava em recesso de natal e reveillon. E todas as decisões são tomadas democraticamente nesse fórum.

Não sendo atendida de imediato, ela se achou no direito de atacar a diretoria do Sindjor-MT e a toda a categoria, com um texto ofensivo e sem aprofundamento da causa.

O texto em questão insinua que o Sindjor faz "negociatas" e "atrelamentos" com representantes do poder pelo fato de ter re-conquistado o direito de usar um terreno concedido pelo Estado por 50 anos e de conseguir o comprometimento de 21 dos 24 deputados estaduais com indicação de emendas parlamentares para a construção da sede própria da entidade.

É importante ressaltar que, se houver disponilização de fato das emendas, o dinheiro não passará pelo Sindjor. O Estado abrirá licitação para a construção do prédio, que é e será dele mesmo, já que se trata de uma concessão de terreno. Tudo que for erguido sobre ele é do povo de Mato Grosso.

É importante salientar também que o prédio do Sindjor será, por força da nossa luta, uma referência na capital. A idéia é usar placas de energia solar para o abastecimento interno e processo de captação de águas das chuvas, para o uso em descarga e jardinagem e outros. É também idéia consolidada criar uma sala de imprensa, para o uso da categoria; o museu da imprensa, para visitação pública; e, ainda a ser melhor elaborado, um projeto de biblioteca ou laboratório de informática para uso da comunidade. O sindjor entede ser função de um sindicato o desenvolvimento de projetos sociais e culturais.


O assunto foi pauta da primeira reunião de 2009 do Sindjor-MT e o encaminhamento tomado foi o seguinte: se temos que esclarecer fatos e dar explicações, que seja para a categoria, um novo esclarecimento, explicando passa a passo, como se deram as discussões e como conquistamos a chance de o Sindjor ter um local adequado para se organizar e mobilizar.

Passo a passo

- O Sindjor-MT buscou junto ao Estado, em audiência com o governador Blairo Maggi, dia 1 de março de 2008, inicialmente um prédio público para sair do aluguel, que é caro, mediante o orçamento baixo da entidade, que gira em torno de R$ 3 mil. Na conversa, surgiu a possibilidade de cessão de um terreno pequeno porém bem localizado dentro do CPA.

- No dia 10 de junho de 2008 o Sindjor-MT e o atual secretário de Administração (SAD), Geraldo de Vitto, assinam o termo de concessão de um terreno de 1.024,10 metros quadrados localizado próximo à Defensoria Pública, ao Ministério Público Estadual e à Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB/MT). O termo de concessão de uso é válido por 50 anos, desde que no prazo de 24 meses, o terreno tenha sido aproveitado.

- A pergunta de então era: como construir a sede do Sindjor sem dinheiro? Várias propostas surgiram, desde aumentar a mensalidade dos sindicalizados, venda de rifas, busca de patrocínios e recorrer a recursos públicos.

- Na ata do dia 14 de junho consta que: “A idéia é lançar durante a festa a preocupação de que é preciso uma campanha de arrecadação para construir a nova sede, senão perderemos novamente perder o terreno, estratégias para buscar parceiros para arrecadar dinheiro para construção e também pensar em buscar deputados estaduais para emendas parlamentares e garantir a obra(...) pode ser feito também gestão junto aos ministérios para destinação de verbas para obra”.

- Além de festas, que na verdade dão mais trabalho do que dinheiro, o Sindjor-MT decidiu enviar para todos os deputados solicitação para que disponham de parte das emendas para a construção da sede do Sindjor. E 21 deputados estaduais já se comprometeram a destinar R$ 20 mil, cada um.

- Mantendo total transparência de todo o processo, o blog do Sindjor publica no dia 16 de dezembro de 2008 a convocação para descerramento da placa: “Na próxima quinta-feira, dia 18, às 9 horas da manhã, estaremos descerrando a placa, que fixa, formalmente, nossa sede no terreno concessionado pelo Governo do Estado ao Sindjor-MT, por 50 anos, prorrogáveis por mais 50”.

- No dia 18 de dezembro ocorre o descerramento da placa e Keka diz na matéria: "Por duas outras tentativas o Sindicato lutou para conseguir o terreno, e erguer uma sede para categoria exercer o direito de se organizar e lutar pelos seus direitos trabalhistas e por outras questões".

O site www.supersitegood.com.br, tocado pelo polêmico Villa, também criticou o Sindjor, considerando os caminhos escolhidos uma declaração de "peleguismo explícito".

Na categoria também há reações contrárias à decisão de buscar no Estado apoio para a construção da nossa sede.

Por conta disso tudo, ontem, 09.03, em Assembléia Geral, o assunto foi posto em pauta. E a maioria entendeu que esse é um caminho digno, que isso não interfere nas nossas lutas absolutamente, que quem se atrela ao governo e ao poder econômico não são os jornalistas mas as empresas. Que vamos seguir na luta, com independência e transparência, sempre pensando em construir não só a nossa sede, mas a força dos trabalhadores da imprensa, para que percebam o quando somos importantes para a garantia de uma sociedade democrática e popular. E, por consequência, justa.

A Diretoria

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