Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício da atividade jornalística, os professores do Núcleo de Jornalismo do Curso de Comunicação Social da UFMT manifestam o seguinte:
- O jornalismo, no mundo globalizado, mantém sua importância social. Deste modo, a formação do jornalista continuará sendo cada vez mais importante e demandada tanto do ponto de vista acadêmico, como do mundo do trabalho;
- O jornalista é hoje muito mais que agente informativo. É transformador da realidade. A atuação deste profissional no mundo é decisiva na formação do olhar, dos valores e da ação humana, em todas as idades e em todas as esferas da vida social;
- É, portanto, vital aos profissionais que almejam atuar nesta área, a dimensão formativa às vezes pouco clara à natureza da profissão;
- O jornalismo, além de prática profissional, é também um campo de estudo científico, um campo de ensino, e a academia é o espaço por excelência para se pensar, pesquisar e produzir conhecimento, contribuindo para o aperfeiçoamento da realidade e para criar referentes para a vida associada;
- O Núcleo de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso reafirma seu compromisso em continuar trabalhando com o mesmo rigor deontológico e epistemológico visando à formação de de profissionais éticos, críticos e capazes de atuar como agentes transformadores, comprometidos com as mudanças reclamadas pela sociedade.
- Por fim, é importante esclarecer que a exigência do diploma, ao contrário do que manifestou o Supremo Tribunal Federal ao tomar sua decisão, em nada compromete o direito à liberdade de opinião e de informação preconizado pela Constituição, já assegurado aos cidadãos nos espaços de opinião dos meios de comunicação, sendo, isto sim, uma premissa para melhor habilitar os profissionais que se dedicam a informar a população sobre assuntos de interesse público.
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