Representantes
das empresas de comunicação de Mato Grosso concordaram com 37 cláusulas sociais
do total de 44 propostas pela Campanha Salarial 2012-2013 do Sindicato dos
Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT). A rodada foi realizada pelo Ministério
do Trabalho na sede do sindicato na manhã desta quarta-feira (06/06) e foi
mediada pela auditora fiscal do Trabalho, Marilete Mulinari Girardi.
Além dos sete pontos, classificados como
cláusulas sociais, que serão debatidos na próxima rodada, ficaram pendentes as
cláusulas financeiras – índice do reajuste salarial e o novo valor do piso
salarial da categoria. A próxima rodada de negociação está prevista para o dia 18
deste mês.
Dentre as
cláusulas sociais acordadas, está previsto pagamento pela autoria das produções
– cada reprodução de material jornalístico (texto, fotos) daria direito a algum
percentual dos ganhos; garantia de veículo para cobertura jornalística –
desobrigando o profissional de utilizar seu veículo particular; pagamento no 5º
dia útil; grade de segurança em veículos que transportam trabalhadores e
equipamentos; entre outros pontos.
Das
cláusulas que aguardam novo debate constam, por exemplo, licença maternidade de
180 dias e seguro de vida.
Do ponto de
vista financeiro, a diretoria do sindicato propôs nesta campanha o reajuste de
118% e um novo piso salarial de R$ 3.270,00. Os índices foram baseados em
perdas históricas levantadas pela categoria e no Projeto de Lei 2.960/2011, do
deputado federal André Moura (PSC-SE), que estabelece piso nacional dos
jornalistas no valor citado. O atual é de R$ 1.500, celebrado na campanha do
ano passado.
Compareceram
à rodada representantes das empresas Grupo Gazeta, Folha do Estado, Diário de
Cuiabá e Correio Várzea-Grandense. Na mesa de negociações, o patronato
apresentou três propostas de reajuste diferentes: um aumento no piso de 10% ou
uma correção de 4,88% ou um incremento gradual a ser definido. Tanto
representantes da Folha da Estado como de A Gazeta disseram que as respectivas
empresas já remuneram seus empregados com valor acima do atual piso.
Um dos
representantes das empresas chegou a considerar “exorbitante” a proposta do
sindicato para o novo piso. Mas os diretores rebateram, ao afirmar que, por
estar em debate a lei, o piso será realidade em algum tempo. Diretores também
listaram a realidade socioeconômica das empresas e o movimento econômico no
Estado como condições que permitem a remuneração.
O presidente
do Sindjor, Téo Meneses, avaliou positivamente a rodada, pois, em cerca de uma
hora e meia, foi possível acordar a maioria das cláusulas. “A rodada representa
avanço por dar continuidade às campanhas salariais, mas muitas conquistas ainda
precisam ser garantidas, como corrigir as históricas perdas salariais”,
manifestou.
A diretora
de Mobilização e ex-presidente, Keka Werneck, lembrou que a campanha é momento
de valorização profissional em um debate direto com os empregadores. “Eles
consideraram o valor do piso exorbitante, mas nós também entendemos que o valor
proposto pela Folha, de 4,88%, é um abuso, porque temos perdas históricas e
salários muito baixos”.
Fonte: Sindjor/MT

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