Munidos de velas e vestidos de preto, classe trabalhadora exige de jornais de Cuiabá pagamento integral e em dia
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Enfileirados à porta do Diário de Cuiabá, jornalistas se ajoelham e depositam a "vela da esperança", para velar o respeito e iluminar o futuro.
Foto de Mary Juruna |
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor/MT) organizou, na última segunda-feira (02/11), Dia de Finados, o ato simbólico "Luto pelo Respeito", de protesto pelo fim do desrespeito dos patrões para com os jornalistas no âmbito dos jornais Diário de Cuiabá e Folha do Estado.
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Foto de Mary Juruna |
Ambos os veículos tratam seus funcionários sem cumprir o mínimo de dignidade trabalhista: o salário - integral e/ou em dia. Principalmente o proprietário do DC, Gustavo Oliveira, que, precursor dessa prática, seguido pelo segundo, tem trazido miséria e desespero aos trabalhadores de suas redações ao pagar quanto e quando quer o salário deles, cuja esmola é dada em forma de ‘vales’ que nunca chegam, no fim do mês, ao montante do salário que está registrado nas respectivas carteiras de trabalho, de acordo com denúncias da categoria.
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Foto de Mary Juruna |
No ato de segunda-feira - que contou com funcionários, ex-funcionários e jornalistas solidários. A diretora sindical, Priscila Mendes, explicou aos presentes que esta foi a forma encontrada de marcar posição aos patrões de que essa situação não pode continuar. De forma contumaz os donos desses veículos têm desrespeitado a legislação trabalhista explorando os jornalistas à exaustão física e mental num jogo sujo de dominação que, ao atraí-los com suas vagas altamente rotativas, ao mesmo tempo extermina suas vidas quando não os paga, pois acabam tendo o nome inserido nos sistemas de proteção ao crédito.
Ações
As ações políticas vão continuar. A diretoria colegiada do Sindjor/MT pede a união da categoria para que os patrões vejam que não há mais jeito de continuar a vida assim. A próxima é o envio de ofícios ao Governo do Estado, Prefeitura de Cuiabá e ALMT, pedindo que seja revisto o processo de repasse de recursos a esses jornais via agências de publicidade.
A entidade vai alertar esses poderes constituídos que, sem exigir a certidão positiva de legalidade trabalhista também dos jornais que recebem os repasses via essa fórmula, tanto governo estadual, quanto municipal e Assembleia, estarão contribuindo com essa forma terrível de degradação do ser humano, e ajudando a manter essa prática espúria que mantém esses veículos no mercado via suor e lágrimas dos profissionais da comunicação.
A categoria está programando outros atos e outras ações, em ambos os jornais, a fim de encerrar - de uma vez por todas - a prática de pagamento atrasado e/ou parcial, promovida insistentemente pelos diários citados há anos. A entidade está agendando novas reuniões com os dirigentes dos veículos para firmar agendas de regularização de pagamento, bem como de atendimento de obrigações trabalhistas, como recolhimento de FGTS e INSS.
Diretoria Colegiada Sindjor/MT
Um comentário:
Belo ato! É assim que tem de ser feito.Parabéns jornalistas e Sinjor!
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