Após décadas de silêncio e resignação por parte da base de jornalistas que trabalha, sem saber, de forma 'voluntária' nos jornais Diário de Cuiabá e Folha do Estado, eis que a categoria começa uma nova era: a de não mais aguentar calada os desmandos trabalhistas dos proprietários desses veículos, respectivamente, Gustavo Oliveira e Irã Girotto. Atualmente, em face da exposição pública em rede social da miséria em que vive o fotógrafo do DC, Lorival Fernandes, o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) iniciou uma série de ações para pressionar o referido veículo, bem como sua concorrente, a Folha do Estado, que vai na mesma linha de não pagar corretamente os salários atrasados dos funcionários e os direitos trabalhistas. A diretoria colegiada, formada por 11 jornalistas, informa que a pressão pública está mais em cima do DC, que é o precursor da fórmula de usar mão de obra quase escrava, uma vez que chega a ficar cinco meses num ano sem pagar salários, mas que também tem ações programadas para a FE. A esse movimento que, dia a dia, ganha a adesão dos trabalhadores, foi dado o nome de #LutoPorRespeito!
A primeira ação nesse sentido, de união de base e entidade para cobrança dos patrões, ocorreu no último dia 2, com o ato "Luto pelo Respeito", em que um grupo de jornalistas do DC, ex-funcionários e também jornalistas de outros veículos, vestindo preto, acenderam velas na porta do periódico de Oliveira pela "alma dos jornalistas sem salário" de lá e da Folha.
A meta do Sindjor-MT é conseguir conversar com os donos dos veículos para averiguar a situação e ouvir as soluções para sanar esse problema que se arrasta há décadas. O diretor da Folha do Estado, Girotto, marcou a reunião com a entidade para o próximo dia 12. Já Oliveira tem se mostrado reticente e não agendou ainda contato pessoal com os diretores do Sindjor para resolver a questão. Isso com o agravante de estar cometendo assédio moral contra os trabalhadores.
Cultura em greve
Por conta dessa atitude de Oliveira, a entidade protocolou, dia 5 de novembro, ofício solicitando não só a reunião sobre o pagamento de cinco meses de salários atrasados, mas também alertando sobre o crime que é a prática do assédio moral e deixando claro o apoio da entidade à paralisação dos jornalistas da editoria de Cultura, que estão sendo ameaçados de demissão por lutarem por seus direitos.
O Sindicato também apoia a adesão de outros trabalhadores do Diário, em igual situação de desrespeito, a fim, também, de fortalecer a ação dos colegas já paralisados.
O Sindjor/MT, ainda, está tomando outras providências, coma finalidade de encerrar o ciclo vicioso de desrespeito ao direito mínimo do trabalhador: salário integral e em dia.
Diretoria Colegiada - Sindjor/MT
2 comentários:
Gostaria de saber oque o sindicato dos jornalistas faz em relação a empresas como o Grupo Gazeta de Comunicação que á cinco anos colocam portas de vidro transparente nos banheiros tirando a privacidade dos funcionários, já que as portas deveriam ser de madeira ou algum material que não permita transparência?
No grupo ( Grupo Gazeta de comunicação ) os banheiros não possuem portas normais e sim portas de vidro transparente e isso é acédio moral, gostaria que algo fosse feito pois essa palhaçada já ocontece a pelo menos cinco anos.
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